Há espelhos que fazem doer.
São aqueles que devolvem uma imagem que já não reconheces.
O corpo muda. O cabelo cai. As marcas ficam. E, por dentro, há uma voz na tua cabeça que sussurra:
– “Será que ainda sou eu?”
– “Eu não sou esta mulher!”
Todas as questões, interrogações, frustrações, dores e raiva que possas sentir, são válidas e compreensíveis. Não é uma questão de vaidade. É ser-se humana.
É o desejo de continuares a sentir-te viva, bonita, inteira, completa, mesmo quando a vida te arrancou partes de ti.
Há mulheres que travam batalhas silenciosas todos os dias. Com o corpo, com o tempo, com o medo, com a rejeição, ou com as suas próprias crenças. E cada uma delas merece olhar o espelho e ver mais do que cicatrizes. Ver coragem. Ver caminho. Ver renascimento. Ver um recomeço. Ver esperança. Porque não se trata de voltares a ser quem eras, mas, de aprender a amar quem se ergueu dos escombros, com força, com doçura, com a tua verdade e feminilidade.
Uma peça de roupa diferente, uma cor nova, um novo acessório, um simples gesto diante do espelho podem tornar-se rituais de reconciliação e símbolos de um amor próprio que resiste, mesmo quando tudo parece ter mudado.
O espelho não é teu inimigo. É o lugar onde a tua coragem se reflete.
O teu novo Eu!
E se hoje esse lugar te parece distante, lembra-te:
A tua beleza nunca foi sobre perfeição, foi sempre sobre presença.
Sobre a mulher que és por baixo das muitas camadas que cobrem o teu corpo.
– O que mais te dói no espelho?
Designer de Moda & Mentora de Estilo Emocional
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